domingo, 4 de novembro de 2012

Imigração


Foi divulgado via Twitter pelo Ministério da Educação, após início da prova do Enem, o tema da redação. “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”. Os candidatos precisam escrever um texto que respeite os direitos humanos e apresente uma proposta de intervenção na sociedade. É um tema muito importante, sobretudo nessas duas primeiras décadas do século XXI cujo fenômeno imigratório tem aumentado consideravelmente em virtude de razões econômicas e naturais.
Além disso, tem se destacado pela oposição dos tradicionais movimentos migratórios cuja tendência migratória se dava pelo deslocamento de pessoas para os Estados Unidos e Europa. Atualmente, devido à crise econômica desses países as populações mais pobres ou sem oportunidades de trabalho se deslocam para países emergentes como o Brasil e o México, onde há oferta de trabalho e boas perspectivas de crescimento, realização pessoal e profissional. Recentemente a diplomacia brasileira tem acertado o ingresso legal de dezenas de Haitianos para trabalhar e morar em diversas regiões brasileiras. No caso do Haiti temos ao menos três situações para analisar. A questão natural, econômica e histórica. O país foi assolado em 2010 por um terremoto de magnitude 7.0 na escola Richter. Muitas pessoas morreram e milhares perderam suas casas e negócios. Além disso, o Haiti é um país muito pobre. Mais da metade de sua população vive com menos de 1 dólar por dia e praticamente 60% de sua população é subnutrida. Toda essa história para ser compreendida precisa ser lida a partir da invasão dos europeus em 1492, pela destruição de quase todos os nativos, o uso da mão-de-obra escrava africana, a ocupação francesa, história da independência e os problemas relacionados a governança e ditaduras cujas marcas são cruéis e desumanas.

Fonte da imagem: ultimosegundoig



Liderança!


Os jovens estão assumindo a liderança no meio em que vivem. Essa afirmação tem gerado polêmica em alguns contextos sociais. Em conversas e observações do meio de convivência desses jovens encontramos opiniões diversas. Há os que afirmam que os jovens estão participando mais do exercício da cidadania e da política, por exemplo, e os que pensam que esses jovens são apolíticos e desinteressados pela causa pública.
Na atualidade encontramos esses dois grupos, mas é visível em algumas realidades a participação acentuada dos jovens na sociedade em que vivem. Tomamos o exemplo das cooperativas escolares, que expõem o exercício da liderança e dos valores éticos. Nelas os jovens são desafiados todos os dias para a tomada de decisões e compartilhamento de ideias no grande grupo.
Como se vê a liderança é algo construído, é uma virtude e não um dom como entendem muitas pessoas. Segundo Mario Sergio Cortella (2011), “a liderança é uma virtude que está em qualquer pessoa, do ponto de vista virtual”. Portanto, todos a possuem, mas nem todos a desenvolvem. Então, o que é necessário fazer para ser um líder e não um liderado? Para Cortella a questão passa em saber aproveitar a circunstância, ou seja, a ocasião e situação. É nesse espaço de oportunidades que se manifesta a liderança de uns e a subordinação de outros. Para Nicolau Maquiavel a liderança se expressa pela virtù e fortuna. A Virtù está na capacidade de percebermos o jogo de forças da política, para então agir com energia e conquistar o poder. Já a Fortuna é entendida como a ocasião, acaso e sorte. De nada adianta ter fortuna se o homem não for virtuoso. A liderança passa, portanto, pela compreensão e articulação entre Virtù e Fortuna. No campo prático, o líder consegue  mobilizar as pessoas para o desenvolvimento de projetos e metas.

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

domingo, 7 de outubro de 2012

Eleições: uma possibilidade para a democracia


A possibilidade de votar, ser votado e expressar as idéias livremente são itens que não podem estar ausentes no processo democrático. Os resultados, de alguma maneira, qualificam e legitimam o exercício dos cargos pelos quais os candidatos foram eleitos. E aí temos outro dado importante: o respeito pelos resultados. São eles, postos sob sistemas de segurança, como a ética, o comprometimento, a ausência de compras de votos, a ficha limpa e  a responsabilidade, que validam a transparência na democracia.  Portanto, cabe sempre à democracia o reconhecimento da vitória e da ausência dela. Nessa linha de raciocínio, a democracia no Brasil está em festa, pois é no espaço democrático, no conflito, na abertura e rotatividade dos que governam que   reside o essencial da vida política, ou seja, a livre expressão de ideias, a igualdade de participação e a felicidade do ser humano.  Nesse sentido, a diversidade de opiniões, o desafio do conflito, a grandeza da tolerância, a visibilidade plena das decisões constitui, seguramente, um paradoxo entre o exercício da maturidade política e a fragilidade do processo democrático. Aos candidatos que estão festejando e lamentando os resultados, cabe-lhes os cumprimentos por permitirem a democracia e, por outro lado, a exortação para não abandoná-la. 

Fonte da imagem: Terra Eleições 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

Nascimento da Filosofia

Estamos estudando o nascimento da filosofia. A obra utilizada foi capturada no livro "Filosofando: Introdução à Filosofia" de Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins. A imagem, ao lado, é copia dessa obra que está na página 36. Aproveitem para desenhar, filosofar e pintar esse mapa que localiza os filósofos da Grécia Antiga nos períodos pré-socrático, clássico e helenístico. Bom trabalho!

domingo, 29 de julho de 2012

A vida dos homens!

Ao ler o título desse artigo, podemos imaginar que seu teor será uma discussão sobre gênero. Porém, a proposta é uma reflexão sobre a vida dos homens! Inicialmente podemos pensar que é uma questão fácil de ser examinada; mas, se dedicarmos mais atenção a esse respeito será possível identificar algumas dificuldades, pois se trata de um tema complexo, exatamente por ser da vida humana. Podemos, também, pensar a vida dos homens pela sociologia, história, filosofia, religião e antropologia, por exemplo. Batista Mondin, doutor em história e filosofia pela Universidade de Harvard , na página 59 da obra “O homem: quem é ele?” coloca que “o homem é um ser vivente (...) e privar o homem da vida e destruir o seu próprio ser é a mesma coisa. Isso significa que o homem é essencialmente vivente: a vida faz parte de sua essência. Por isso compreender o homem é necessário compreender antes o que é a vida”. Nessa jornada pela compreensão do que é a vida Mondin destaca que a vida humana “é caracterizada por riqueza e variedade estupendas”. Ele compara os animais dos homens dizendo que os animais, mesmo os mais evoluídos, fazem sempre as mesmas coisas e de maneira monótona. Comem, bebem, dormem, reproduzem-se. Já os homens possuem uma vida muito variada. Apesar de dormirem como os demais animais, podem ficar sem dormir por várias noites, comem e bebem, mas usufruem de variedade e criatividade, divertem-se, mas combinam passatempo, como trabalho e estudo, por exemplo. Portanto, os homens são seres que pensam, que criam, que mudam hábitos, que oram, que jogam, que fazem política e desenvolvem a cultura continuamente.

Diante desses elementos sobre a vida dos homens, vamos recortar a dimensão política como elemento de análise. Desde crianças, os homens aprendem a fazer política. Um bebê chora para reivindicar comida ou anunciar algo que esteja lhe perturbando. Um ser humano sorri para demonstrar sua alegria por algo que lhe agradou. Os adolescentes fazem política para reivindicar a autorização dos pais para sair de casa e ir ao cinema ou jantar com o namorado (a) e os pais fazem política ao negociarem formas de estudo com seus filhos, por exemplo. Veja, nossa vida passa pela política. Somos seres políticos. Quem nunca trabalhou pra melhorar seu salário ou alcançar determinado posto na empresa onde trabalha? Isso é fazer política. Eleger uma autoridade municipal, estadual ou federal é uma das formas de se fazer política e, todas, são importantes. Portanto, é necessário, pensar que não podemos compreender uma situação sem política. Se os cidadãos querem um Estado que promova desenvolvimento social, econômico, cultural e ambiental, por exemplo, é necessário a participação política de todos(as). Quanto maior o envolvimento das pessoas, maior será a probabilidade de sucesso dos programas de governo que almejam, a priori, o desenvolvimento sustentável de toda a sociedade. Boa reflexão!!

domingo, 1 de julho de 2012

Federação das Cooperativas Escolares

Dia 29 de junho de 2012, na abertura do Rural Show em Nova Petrópolis, houve a fundação solene da Federação das Cooperativas Escolares. Inédita no Brasil pelo seu protagonismo e proposta pedagógica as cooperativas escolares estão florescendo. Em 2010 a Cooebompa foi à pioneira desse projeto e em junho de 2012 nossa região passou a contar com 12 cooperativas escolares. Nesse contexto, surge uma federação das cooperativas escolares, a Fecoopes/Pioneira, que tem por objetivo representar as cooperativas escolares, promover a difusão da doutrina cooperativista, fomentar a aprendizagem do cooperativismo através da prática e fixação dos princípios educacionais, preconizados na doutrina cooperativista, além de promover a autogestão, a solidariedade, a defesa dos interesses comuns, bem como a prestação de serviços aos associados, representação dos interesses e anseios dos associados junto às escolas parceiras, órgão públicos, cooperativas e entidades que fomentam o cooperativismo a nível municipal, estadual, nacional e internacional. Esse evento cooperativo, que embora esteja em sua gênese, já apresenta sinais de maturidade e perseverança. É a força do cooperativismo!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Expressões de efeito para refletir

O 4º Congresso Internacional de Educação de Gramado, realizado no mês de junho de 2012, foi seguramente proponente de inúmeras reflexões acerca da educação. Os palestrantes trouxeram posições importantes para nossa reflexão e prática pedagógica cotidiana. Nesse sentido sinto-me a vontade em trazer algumas expressões de efeito para que possamos refletir e dialogar. Para isso, podemos abrir uma sala de debates virtual através dos comentários enviados a este blog.
Algumas expressões coletadas no Congresso:
O educador não facilita a aprendizagem, mas problematiza;
O professor facilita o caminho, é mediador;
O diretor de escola deve “espiar e projetar” o futuro e cuidar do presente;
Educação é uma coisa que ninguém sabe o que é. Então, cada um deve procurar seu conceito de educação.
Educação é ensinar sobre a vida;
A corrupção é a mãe da miséria;
O líder abelha vê os erros, aponta as falhas;
O líder positivo apresenta primeiro as questões positivas e, só depois, apresenta as lacunas;
Filmes sugeridos para a educação: Sociedade dos poetas mortos; Ao mestre com carinho; Adorável professor; O triunfo; Meu mestre e minha vida; A voz do coração; A língua das mariposas; O preço do desafio; Gênio indomável; Escritores da liberdade; Desafinado gigantes; entre outros.
Palestrante: Maurício Góis

Se relacionar com música não é preciso dom e talento;
O jogo tem objetivos e regras próprias;
Nascer é se encontrar com frustrações;
A aprendizagem nasce de desafios;
Palestrante: Guilherme Romanelli

Não existe educação sem relações
Palestrante: Emilia Cipriano

A prova não deve ser eliminada, mas resignificada
Paletrante: Vasco Moretto

O currículo, organizado em forma de disciplinas e períodos, não limita os processos avaliativos de caráter formativo? Não seria necessário pensar uma nova forma de estrutura curricular?
Participante: Everaldo Marini

domingo, 6 de maio de 2012

Uma breve reflexão sobre democracia

Sabemos que a democracia é uma herança grega que o homem adaptou ao longo da história nos diferentes países e nas diferentes culturas. Desde sua origem ela se caracterizou por ser um governo do povo, aportado aqui pelos cidadãos, que outrora era constituída por uma minoria detentora de riquezas e prestígio, mas ao menos não era o governo de um ou de uma família apenas. Hoje em dia todas as pessoas, independentemente do nível social, cultural e econômico são cidadãs e, como tal, possuem os direitos de votar e ser votado nos pleitos eleitorais, por exemplo. Por outro lado, a democracia é um espaço em que as idéias de conflito, abertura e rotatividade estão sempre presentes e inerentes. Não podemos conceber a democracia sem conflito. O embate de idéias é fundamental, apesar do necessário respeito ao pensamento divergente. Outro ponto fundamental da democracia é a livre circulação da informação. Não podemos privar ninguém da liberdade de expressão; e, os temas tratados em foro público devem ser públicos, sem restrição à imprensa e a população. Outro item de destaque é a rotatividade das pessoas que ocupam o poder. É necessário e é legítimo que isso aconteça para evitar privilégios de um grupo ou classe. Um bom exemplo dessa rotatividade foi a eleição do socialista François Hollande para a Presidência da França no lugar do conservador Nicolas Sarkozy. Por fim, podemos trazer presente, neste breve comentário, que a transparência é um atributo do espaço democrático, e que os governantes, homens públicos, devem tomar as decisões às claras, para que os governados vejam como e onde as tomam.

sábado, 21 de abril de 2012

O que é uma Cooperativa Escolar?

As cooperativas escolares são associações de estudantes com finalidade educativa, podendo desenvolver atividades econômicas, sociais e culturais em benefício dos associados. Em sua essência elas buscam formular uma proposta pedagógica com a participação do corpo discente em atividades práticas. Inspiradas, em parte, no pedagogo francês Célestin Freinet, as cooperativas escolares possuem na educação cooperativista, no trabalho e na cooperação a tríade desse projeto pedagógico que tem por finalidade a convivência, o respeito mútuo, a solidariedade, promoção da justiça social, igualdade, autonomia, a cooperação e a realização de objetivos comuns. Nelas, o caráter educativo, espírito cooperativo e o movimento entre o saber e o fazer são inerentes e constantes. Através das cooperativas escolares, laboratórios de aprendizagem do cooperativismo, são vivenciados os sete princípios do cooperativismo: 1º Adesão voluntária e Livre; 2º Gestão democrática pelos membros; 3º Participação econômica dos membros; 4º Autonomia e Independência; 5º Educação, formação e informação; 6º Intercooperação e 7º Interesse pela comunidade.


Outra característica é o desenvolvimento de projetos e oficinas como: artesanatos, merenda escolar, produção de mudas de flores e árvores, teatro, paródias, corais, etc. Para termos uma idéia mais clara sobre as cooperativas escolares, destacamos o aprendizado que os estudantes adquirem ao construírem as atas das reuniões e assembleias, o manuseio do livro caixa, ao conduzirem reuniões, ao preparem suas pautas e outras demandas. Esses eventos são muito importantes, pois promovem os jovens ao exercício da cidadania responsável, conscientes dos seus direitos e deveres. Segundo Freinet, “a atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e emancipar quem o exerce”.

Todo esse trabalho pedagógico é desenvolvido com a participação de um professor orientador ou tutor que se responsabiliza pela escola em apoiar a construção cotidiana da cooperativa escolar. Uma das tarefas desse professor é criar uma atmosfera laboriosa na comunidade escolar, de modo a estimular as crianças e jovens, dela participantes, a fazer prática cooperativa através das atividades inerentes à gestão, educação, produção, cultura, oficinas e lazer. Outra função primordial do orientador é colaborar ao máximo para o desenvolvimento da liderança, autonomia, ética e responsabilidade dos estudantes.

Outro ponto de destaque é o protagonismo de crianças e adolescentes, únicos sócios das cooperativas escolares. Esses jovens são os responsáveis pela administração e condução dos projetos, embora seja necessário um professor guia para auxiliá-los na condução das atividades.

Conforme já dissemos, as Cooperativas Escolares constituem um projeto educativo e está amparado pela lei Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente e da lei nº 5764/71.
Segundo o ECA deve ser assegurado aos jovens:
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;
Il - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
lII - horário especial para o exercício das atividades.

Portanto, dentro da realidade das cooperativas escolares, as determinações acima e as mencionadas na lei 5764/71 são fundamentais e obrigatórias. Todo o trabalho e tempo dedicado ao projeto devem englobar atividades que promovam a liberdade, a cooperação, o saber e o fazer. É imperativo praticá-los como modo de vida no exercício da liderança, da solidariedade, da simplicidade, da sinceridade e, quando necessário, em mudanças de atitudes.
As cooperativas escolares constituem um laboratório de aprendizagem do cooperativismo. E, para dar conta dessa proposta, a casa Cooperativa de Nova Petrópolis, a Escola Bom Pastor e Ocergs/Sescoop apóiam e promovem cursos de formação cooperativa para estudantes e professores.

Atualmente é ofertado um Curso de formação básica em Cooperativismo para todas as pessoas e escolas interessadas. O referido curso está estruturado em 40 horas de duração e conta com facilitadores muito bem preparados; muitos desses profissionais possuem uma vasta formação no cooperativismo e outros agregam, além do conhecimento cooperativista, a experiência na condução de nossas cooperativas.

No curso de Cooperativismo Escolar, os alunos estudam o conceito de cooperação, o contexto histórico do cooperativismo, a história dos pioneiros de Rochdale, do Cooperativismo no Brasil, das capitais do cooperativismo do Brasil e da Argentina; das diferenças entre cooperativas, sindicados e associação; dos ramos e dos princípios do cooperativismo; da classificação das cooperativas, da lei nº 5764/71, da importância do estatuto social, dos direitos e deveres dos associados, da organização do sistema cooperativista, da organização do quadro social, das reuniões, atas, assembléias e conselhos das cooperativas.

Enfim, no contexto atual das dificuldades de geração de empregos correspondentes à expansão da oferta de trabalho, o Cooperativismo vem conquistando espaços cada vez maiores nos diferentes ramos da atividade produtiva e de prestação de serviços. As organizações cooperativas contribuem efetivamente para aumentar oportunidades de trabalho e renda e, ao mesmo tempo, desenvolvem a consciência das pessoas sobre a necessidade do apoio mútuo e solidariedade humana.

As Cooperativas Escolares, laboratórios de aprendizagens do cooperativismo, constituem esse mecanismo de educação e promoção do diálogo cujos valores da cooperação balizam o saber e o fazer pedagógico inerente às praticas promovidas nos espaços dessas cooperativas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Páscoa

A Páscoa é um evento que tem suas origens na idade antiga nas celebrações pagãs onde era celebrada a passagem do inverno para a primavera. Já os judeus, por sua vez, celebravam a passagem da escravidão no Egito para a liberdade na Terra Prometida. Para os cristãos, a Páscoa é um pouco isso, ou seja, é a passagem da morte para a vida. É celebrada a Ressurreição de Jesus Cristo e proclamada à vitória da Vida. Por isso, independente das religiões que confessamos, é importante que saibamos valorizar a vida, respeitar as pessoas, aprender a perdoar e amar sem exigir nada em troca. Deve ser um amor gratuito e verdadeiro. Isso é Páscoa!! Que ao compreender o sentido da Páscoa, possamos vivê-la todos os dias!! Feliz Páscoa a todas(os)!

domingo, 18 de março de 2012

Movimentos Sociais

O que são movimentos sociais? Até pouco tempo atrás os movimentos sociais estavam relacionados especialmente pela luta de classes, características do movimento sindical identificado pela defesa de direitos do trabalhador e discussões em torno de políticas e legislação trabalhista. Hoje, diante de um novo cenário econômico e social, esses movimentos diversificaram suas áreas de ação. Encontramos facilmente outros tipos de movimentos como, por exemplo, o movimento das mulheres, ecológicos, contra a fome, de orientação sexual, etc. Segundo GOHN (1995, p. 44) os movimento sociais

são ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Eles politizam suas demandas e criam um campo político de força social na sociedade civil. Suas ações estruturam-se a partir de repertórios criados sobre temas e problemas em situações de: conflitos, litígios e disputas. As ações desenvolvem um processo social e político-cultural que cria uma identidade coletiva ao movimento, a partir de interesses em comum. Esta identidade decorre da força do princípio da solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos compartilhados pelo grupo.

Como se vê, esses “novos” movimentos sociais atuam sob novas demandas de lutas relacionadas principalmente às dimensões da identidade humana, da sua cultura e de valores de sua época. Não estão mais voltados exclusivamente para uma ação coletiva de transformação das atuais formas de dominação política e econômica, mas estão voltados principalmente para a defesa dos direitos, do cuidado e da valorização da vida no âmbito do privado.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos e lutas sociais na história do Brasil. São Paulo: Loyola, 1995a.

domingo, 4 de março de 2012

Entre o Essencial e o Fundamental

Mais aceleradamente que no passado temos a impressão de que as pessoas andam mais pelo mundo do trabalho, pela intensa vida social e pelo consumismo decorrentes das sugestões que as mídias colocam no mercado a cada minuto. Por outro lado, como no passado, temos no Brasil pessoas em situação de pobreza extrema. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome o senso do IBGE de 2010 indica um contingente de 16,27 milhões de pessoas em extrema pobreza, sendo 4.836,732 pessoas sem rendimento e os que recebem algum valor possuem uma renda que varia de R$1,00 a R$70,00 por mês.
Nesse sentido, podemos nos perguntar. Onde estão nossos referencias? Nossos valores? Pode parecer estranho, mas uma sociedade que compactua com tantas desigualdades sociais parece estar perdendo as referências entre o essencial e o fundamental. Segundo o Filósofo Mario Sergio Cortella (2011), em seu livro “Qual é a tua obra?” encontramos uma excelente reflexão sobre o assunto. O que é mesmo o essencial para a vida? Cortella nos indica coisas simples, mas profundas e, deveras, essenciais. Vejamos algumas delas. Felicidade, amorosidade, lealdade, sexualidade, religiosidade e gratuidade (grifo meu). Mas, o que é fundamental para viver? Segundo o mesmo autor, é fundamental aquilo que nos permite conquistar algo para uma vida melhor. Nesse sentido, trabalho não é essencial, é fundamental, pois proporciona desenvolvimento intelectual e material importantes para nossas vidas (grifo meu). O dinheiro não é essencial para viver, mas fundamental, pois sem ele passamos dificuldades na vida. Aos milhões de miseráveis é essencial uma vida digna e fundamental que o Estado execute políticas públicas adequadas de inclusão ao mundo do trabalho, de salários justos e acesso aos diretos inalienáveis do ser humano.

Fonte:
CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra?: inquientações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
MINISTÉRIO do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Nota.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Planejamento Estratégico

O ser humano, por sua natureza criativa e específica, tem possibilidade de desenvolver-se em condições superiores em relação aos não humanos. Mesmo em desvantagem significativa nos primeiros anos de vida, aprende a partir das relações sociais mais básicas até as mais sofisticadas, a pensar, brincar, a festejar, a chorar, a orar, a pesquisar, a criar, recriar e resolver problemas, por exemplo. O planejamento é uma parte importante desse processo de formação, principalmente quando o sujeito adquire um pensamento estratégico. Em determinados contextos sociais e históricos o planejamento possibilita crescimento e desenvolvimento em dimensões muitas vezes difíceis de serem mensuradas. Quando adicionamos o qualitativo estratégico, citado anteriormente, mais ainda aprimoramos nossa compreensão e comprometimento com o planejamento. Por isso, o planejamento, em regra, tende a desencadear a partir das realizações das metas, crescimento e desenvolvimento no segmento que atuamos e naquilo que somos. Mas, mais do que planejamento precisamos continuamente de um pensamento estratégico, especialmente nos tempos atuais, em que tudo muda rapidamente. Portanto, precisamos ser flexíveis o suficiente para a mudança; mas, por outro lado, não devemos abandonar totalmente a ortodoxia, pois o equilíbrio entre elas permitem decisões e atitudes mais prudentes, salvaguardam a memória, a história e os valores culturais herdados do lugar onde vivemos, das famílias que pertencemos, do grupo social que convivemos ou do país que habitamos. Aos estudantes que reiniciam os tempos de estudo, sempre é bom lembrar que o planejamento é uma boa estratégia de sucesso em relação às metas estabelecidas. Tempo de sala de aula não é suficiente, em regra, para bons resultados acadêmicos. Embora seja muito importante e fundamental a troca de saberes com o professor ou professora, é imperativo um tempo de estudo pessoal fora da sala de aula. Dimensione esse tempo com seu professor ou a partir de sua capacidade de aprendizagem e organização pessoal. Leia, revise o que foi estudado e faça os trabalhos com antecedência. Isso vai lhe permitir perceber suas dificuldades e, com tempo a disposição, mais facilmente terás acesso à ajuda.

Experiência de um sonho de sesta

Numa dessas tardes quentes do verão gaúcho, estava sesteando no sobrado de minha mãe. Como era feriado de carnaval aproveitei para descansar mais tempo. Tive um sonho onde eu estava em movimento e fazia muito esforço para acordar e ir até a janela. Meu desejo era tomar um banho refrescante, mas não conseguia. Quando, por fim, acordei, tive as seguintes sensações. Meu coração estava com uma freqüência mais acelerada, bem mais acelerada, e meu corpo demonstrava sinais de cansaço físico. Mas, logo em seguida, tudo parecia normal, porém naquela tarde não desejei sestear mais. Digo isso, por que essas informações podem ser úteis para quem pesquisa o sono ou o comportamento humano. Aqui, são apenas informações que pensei que devia escrever. Não há nada de ciência, nada de pesquisa sobre o assunto, mas apenas impressões e relatos de alguém que ao acordar de um sono muito breve percebeu uma alteração física em seu corpo. Sobre o fato, pensei quase que imediatamente. Isso poderia contribuir para entender as causas de mortes durante o sono? Querer acordar e não conseguir é um estado de coma?