domingo, 27 de junho de 2010

O descobrimento da Àfrica

Infelizmente precisamos da Copa do Mundo para pensarmos a Àfrica...Precisamos de Nelson Mandela em sua luta contra o Apartheid, precisamos de filmes como o Invictus ou do vídeo anexado neste blog para tomarmos consciência que o problema da Àfrica não é só um problema deles, mas nosso. A Àfrica do Sul iniciou uma tragetória de reconstrução de sua identidade e de respeito e perdão...mas, muitos países da Àfrica subsaarina, principalmente, mais pobres sob o ponto de vista de qualidade de vida em relação aos paíse da Àfrica setentrional continuam amargando conflitos (guerra civil e interferência das antigas potências através do financimento de guerrilhas mercenárias que destruíram pontes, estradas, centrais elétricas....). Como se isso não fosse suficiente, o continente africano ainda convive com problemas estruturais graves como a baixa escolaridade dos jovens negros, a crescente epidemia de Aids e a explosão da violência, sequestro e assaltos.
Por outro lado, vamos encontrar no continente africano, uma cultura milenar de respeito a tradição oral , de riqueza da multiplicadade de idiomas, de diversificadas formas de expressão da religiosidade, de íntima e respeitosa relação do homem com a natureza. Além disso, não podemos esquecer que é da Àfrica que herdamos muitas tradições culturais e religiosas. Que é da Àfrica que Portugal se utilizou para explorar duplamente o ser humano. Primeiro tomou a força os negros daquele continente e depois utilizou de modo forçado o trabalho deles para explorar outras terras. Quantas dívidas nós temos.....muitas impagáveis; mas, com o exemplo do perdão de Mandela, poderíamos imitá-lo...e, assim, sermos mais cristãos ou, quem sabe, invictus!!!?

Escola Bom Pastor

A Escola Bom Pastor é uma Instituição de Ensino que nasceu no século XIX com a imigração alemã. Reconhecida na região serrana do Rio Grande do Sul e lembrada por um número cada vez maior de brasileiros e estrangeiros que passam pelo local a instituição vem dedicando-se fortemente na valorização e formação do ser humano. Atualmente são oferecidos cursos técnicos (Agropecuária, Meioambiente, Paisagismo e Cooperativismo) e Ensino Médio e Fundamental, além de residência masculina e feminina (internato). Como em muitos filmes, o diretor, alguns professores e funcionários moram na instituição. Nos eventos da cidade, como o Agroshow, a escola participa ativamente da organização e desenvolvimento de projetos. Além disso, a instituição faz parte do sistema Hostel Internacional. São recebidos anualmente centenas de turistas, alberguistas e cursistas. Veja, abaixo, um vídeo mostrando o Bom Pastor Hostel.

Avaliar, para quê?

Quando penso avaliação escolar gosto muito da imagem do paciente que vai ao médico para explicar a construção dos processos de aprendizagens. No consultório, os procedimentos mais comuns de diagnóstico são a entrevista e a realização de exames (temperatura, pressão arterial e massa corporal). Dependendo das circunstâncias novos e diferentes instrumentos de coleta de dados (exames) são solitados ao paciente tendo em vista restabelecer em plenitude sua saúde física e psicológica.
Em educação, o uso variado e constante de diversos tipos de instrumentos de avaliação são igualmente muito importantes. É insuficiente desenvolver apenas um método ou aplicar apenas um tipo de instrumento de coleta de dados (uma prova, por exemplo). É preciso, antes disso, desconfiar do próprio método; é sempre urgente reavaliar as práticas pedagógicas de sala de aula e acompanhar criticamente a construção da aprendizagem dos estudantes.
Conforme Jussara Hoffmann (2007) em sua obra Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em avaliação, é preciso acompanhar (mediar) a construção da aprendizagem dos estudantes. "O professor precisa analisar as tarefas dos estudantes em sua sequência e articulação, interpretando a natureza dos seus erros e acertos, e analisando, portanto, a dimensão qualitativa de suas respostas. O número de acertos em uma tarefa (análise quantitativa) não revela, por si só, a dimensão qualitativa da mesma tarefa" (p. 39-40).

O mito e a filosofia

Conforme é apontado por Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, o pensamento filosófico é algo muito diferente do mito, por resultar de uma ruptura quanto à atitude diante do saber recebido. Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a filosofia problematiza e, portanto, convida a discussão. No mito a intelegibilidade é dada, na filosofia é procurada. A filosofia rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes divinos na explicação dos fenômenos. Ainda mais: a filosofia busca a coerência interna, a definição rigorosa dos conceitos, organiza-se em "doutrina" e produz, portanto, o pensamento abstrato.

Nesse esforço pela reflexão, pelo retorno ao próprio pensamento, ao ato de pensar o já pensado e no voltar para si mesmo, a filosofia elegeu a coruja como símbolo da sabedoria. No vídeo a seguir, é possível acompanhar as relações existentes entre a coruja e a filosofia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ricos e pobres na mesma comunidade


No tempo do Império Romano, a sociedade estava organizada de forma piramidal. Quanto mais alto, mais rico e menos pessoas. Os pobres ficavam, portanto, na base da pirâmide. Nesse sentido, o cristianismo era imaginado como sociedade alternativa. Por outro lado, o problema político estava intimamente ligado a um problema econômico.

No mundo antigo, nunca ricos e pobres se encontravam em reuniões, assembleias ou associações. A assembleia política da cidade reunia unicamente os ricos. As associações particulares reuniam sempre pessoas da mesma camada social. Jamais os ricos aceitavam sentar com os pobres. Por isso as comunidades paulinas, por exemplo, eram uma novidade absoluta, pois ricos e pobres comiam à mesma mesa. Devia ser realmente um fenômeno extraordinário. Seria o mesmo que ver latifundiários ou grandes industriais sentando à mesa com os mendigos.

Os pobres em Roma e nas cidades helenistas eram mantidos com recursos públicos, mas isso não acontecia nas cidades não helenizadas. No entanto, o problema do cristianismo era a triste realidade de que os ricos não se interessavam pela causa dos mais pobres.

Mas, o que significa ser rico e ser pobre no mundo de Lucas? No Oriente do século I, os ricos eram os grande os proprietários. A terra era a fonte de renda econômica, do prestígio e do poder político. A aristocracia agrária não morava no campo, mas nas cidades. Eles exerciam o poder político dentro da Assembleia dos homens livres, como os grandes proprietários do mundo grego. Essa aristocracia rica era, no entanto, pouco numerosa. Os pobres, por sua vez, eram uma categoria muito numerosa e que, na compreensão de Lucas, significava mendigo. Nas cidades do oriente, eram os mendigos que sobreviviam ou vegetavam como podiam. Como exemplos dessa categoria social temos os cegos, aleijados, velhos, crianças abandonadas, mulheres abandonadas, viúvas, doentes, desempregados, débeis mentais, os biscateiros, trabalho de jornaleiro sem segurança de emprego no outro dia e meninos de recados. Outra categoria triste era a dos maus pagadores: os que não podiam pagar as suas dívidas e eram reduzidos a uma situação de quase escravidão.

A visão de Lucas sobre os pobres e ricos se dá, portanto, a partir da sua comunidade, da realidade em que ele vivia. E uma possível solução para a eliminação dessas diferenciações são encontradas no livro dos Atos Apóstolos. Segundo essa fonte bíblica, a solução dos problemas de concentração de renda e diferenciação de classes sociais está na comunhão fraterna de bens. Através da comunhão fraterna, os ricos sustentam os pobres; suas posses, suas rendas são colocadas para serem desfrutadas em comum. Fonte: (At 2, 42-47; 4, 32-35)

sábado, 19 de junho de 2010

Inflação

Olá pessoal do segundo ano da Escola Bom Pastor!
Sugiro leituras adicionais relacionadas ao trabalho "As origens do capitalismo". A obra Capitalismo de Claude Jessua da L&PM POCKET ENCYCLOPAEDIA é uma dica. Vocês podem encontrar nas livrarias. Tem um preço bem em conta. Além disso, é possível consultar os livros didáticos da biblioteca da escola e aproveitar o vídeo postado neste blog sobre Inflação. Afinal, podemos relacionar inflação com o capitalismo? A proposta desse estudo é pertinente?

O Ratinho

Esse vídeo foi postado inicialmente para testagem do blog. É divertido e merecedor de uma análise ética. Afinal, qual será seu conteúdo moral? O final trágico do ratinho poderia encontrar fundamentos numa moral cristã?