Os jovens estão assumindo a liderança
no meio em que vivem. Essa afirmação tem gerado polêmica em alguns contextos sociais. Em conversas e observações do meio de convivência desses jovens encontramos opiniões
diversas. Há os que afirmam que os jovens estão participando mais do exercício
da cidadania e da política, por exemplo, e os que pensam que esses jovens são apolíticos
e desinteressados pela causa pública.
Na atualidade encontramos esses
dois grupos, mas é visível em algumas realidades a participação acentuada dos
jovens na sociedade em que vivem. Tomamos o exemplo das cooperativas escolares,
que expõem o exercício da liderança e dos valores éticos. Nelas os jovens são
desafiados todos os dias para a tomada de decisões e compartilhamento de ideias
no grande grupo.
Como se vê a liderança é algo
construído, é uma virtude e não um dom como entendem muitas pessoas. Segundo
Mario Sergio Cortella (2011), “a liderança é uma virtude que está em qualquer
pessoa, do ponto de vista virtual”. Portanto, todos a possuem, mas nem todos a
desenvolvem. Então, o que é necessário fazer para ser um líder e não um liderado?
Para Cortella a questão passa em saber aproveitar a circunstância, ou seja, a
ocasião e situação. É nesse espaço de oportunidades que se manifesta a
liderança de uns e a subordinação de outros. Para Nicolau Maquiavel a liderança
se expressa pela virtù e fortuna. A Virtù está na capacidade de percebermos o
jogo de forças da política, para então agir com energia e conquistar o poder.
Já a Fortuna é entendida como a ocasião, acaso e sorte. De nada adianta ter
fortuna se o homem não for virtuoso. A liderança passa, portanto, pela
compreensão e articulação entre Virtù e Fortuna. No campo prático, o líder consegue mobilizar as pessoas para o desenvolvimento de
projetos e metas.
CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
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