domingo, 27 de fevereiro de 2011

Geografia dos Conflitos

O mundo de hoje passa por inúmeros tipos de conflitos, como podemos observar fartamente nas mídias. Como estudantes, professores, pesquisadores e protagonistas de novas oportunidades e qualidade de vida para todos é necessário uma estudo cuidadoso e profundo da natureza humana, de suas potencialidades, diversidades e culturas. Analisar as causas dos conflitos do mundo contemporâneo requer, por exemplo, uma atenção especial da história das nações, como é o caso do Estado de Israel e da Palestina e o fim da Guerra Fria, demarcada pela queda muro de Berlim em 1989. Desde o fim da bipolaridade entre Estados Unidos e a Ex- União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a proclamação, nos meios acadêmicos, do Fim da História o mundo passou por transformações gigantescas que permitiram a evolução de uma re-nova-da geografia de conflitos mundiais. Esses conflitos estão concentrados principalmente em regionalismos (mesmo grupo de pessoas ou etnias diferentes dentro do mesmo país, por exemplo) cujas bandeiras são disputas econômicas, como é o caso do petróleo. Para resolver ou controlar os conflitos internacionais foi criado em 1945 a Organização das Nações Unidas. Mesmo com a intervenção da ONU ou dos Estados Unidos (país que possui condições de intervenção militar e econômica no planeta) podemos acompanhar uma onda de conflitos no chamado mundo árabe. Em geral, esses países são governados por ditadores que conseguem se perpetuar no poder por meio da alteração do texto constitucional, da atuação de outras forças e interesses que corroboram para a sustentação dessas elites no governo, grande população jovem, baixa formação intelectual, atividade econômica baseada no petróleo, altos índices de pobreza, forte concentração das riquezas, insignificante participação popular nas decisões políticas desses países e a existência de regiões estratégicas do ponto de vista militar, político e ideológico.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Heidegger: “Ser-para-a-morte”

Num outro dia escrevi alguns rabiscos sobre a felicidade. Hoje, depois de participar da dor de uma amiga que perdeu seu pai, decidi ensaiar algumas construções sobre a morte. Nesta minúscula dissertação, busco em Heidegger, filósofo alemão dos séculos XIX e XX, as primeiras ideias. Segundo ele, o “existir humano consiste no lançar-se contínuo às possibilidades, entre as quais justamente a situação-limite da morte”. Para esse filósofo existencialista, a condição humana está inevitavelmente voltada para “ser-para-a-morte”. Tal situação provoca angustia, pois nos colocamos diante do nada ou do desconhecido. A fé, nesse caso, surge para nos confortar e nos propor a convicção da imortalidade. Por outro lado, a angústia, ao contrário do medo, nos ajuda a construir uma vida consciente de sua finitude e de sua beleza. A morte, a partir desse horizonte, não é vista como acontecimento dos Outros, mas algo que também me diz respeito. Para concluir, sem concluir, proponho ouvirmos o poeta Manoel Bandeira.
“Consoada”
Quando a indesejada das agentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
-Alô, iniludível! O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa no seu lugar.

Fonte do poema: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida Inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
HEIDEGGER, Martin. Ser y Tiempo (Vídeo)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ser estudante hoje!

Em meio a tantas teias de redes sociais, tendências culturais e tecnológicas o estudante de hoje possui a oportunidade (se usar a criatividade e sua capacidade de perguntar) de construir conhecimentos suficientes para ajudar na melhoraria da qualidade de vida das pessoas. Hoje, segundo a ONU, aproximadamente 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo. Milhões de pessoas recebem menos de um dólar por dia. As escolas, de uma maneira geral, baseadas em princípios fordistas, reproduzem estruturas de ensino para satisfazer um mercado de trabalho que pode não existir mais amanhã. Nesse sentido, é necessário muita atenção e estudo de vanguarda para participar no mercado de trabalho do futuro. Isso não significa, no entanto, ignorar os princípios de valorização da vida e do respeito mútuo. Ainda, no meu ver, é necessário cuidar para não cairmos no imediatismo e no consumismo por mero desejo ou impulso despertado pela televisão ou internet, por exemplo. É preciso, antes, se perguntar para que serve determinada mídia, como utilizá-la para facilitar minha aprendizagem e favorecer o desenvolvimento de minha criatividade. Tudo isso, pautado por princípios nem sempre encontrados nessas mesmas mídias, mas arraigados como valores na tradição familiar, religiosa e educacional. Penso que com o vídeo, abaixo, será possível um bom momento de reflexão a todos nós!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O que é a felicidade?

A felicidade é algo que todos os seres humanos procuram. Até os animais, de certa forma, procuram a felicidade através da realização de seus desejos instintivos. No caso dos homens a felicidade é um bem tão valioso que o dinheiro não pode comprar. Aliás, não há preço econômico. O que há é uma apreciação de valor da qual podemos alcançar. Também precisamos cuidar para não confundir felicidade com tudo o que dá prazer, pois nem tudo o que dá prazer pode ser bom. Outro aspecto é saber dizer se a felicidade é subjetiva ou objetiva. Nesse caso, precisamos saber procurar o caminho que de fato oferece respostas plausíveis. Há de se tomar o cuidado para não cairmos no subjetivismo, nos nossos estados psicológicos e satisfação pessoal puramente. Por outro lado, considerar a felicidade do ponto de vista objetivo apenas pode nos distanciar das percepções do que seja realmente a felicidade. Segundo Dwight Furrow (2007), as “experiências prazerosas por si só não se qualificam como felicidade, a menos que contribuam para um tom emocional amplamente positivo, que nos disponha, em circunstâncias apropriadas, a apreciar a vida”. Seguindo o raciocínio desse autor, embora os prazeres significativos de nossas vidas sejam parte da felicidade, “a felicidade é um estado mais abrangente, que inclui uma grande gama de satisfações – sentimentos, atitudes e julgamentos positivos que não são prazeres. Aristóteles nos ajuda a pensar o que é a felicidade a partir da virtude. Segundo suas ideias, agir segundo as virtudes requer prática, tentativa e erros. A questão toda é, portanto, atingir o meio, o equilíbrio entre o subjetivo e o objetivo. Nesse sentido, para os aristotélicos a pergunta a ser feita a respeito do que nos traz a felicidade não é o que é correto, mas o que uma pessoa boa faria? Bem, esses apontamentos são superficiais e introdutórios... Recomendo a leitura de obras como “Os pensadores” e “Dwight Furrow”. Para ilustrar e propor um debate filosófico aos estudantes de Ensino Médio proponho dois vídeos que estão postados no You Tube. Um deles, de caráter subjetivo, “O que é a felicidade?” e o outro, de caráter objetivo, está sob o título “Eudaimonia