domingo, 3 de julho de 2011

Conselho de Classe

Estava lendo artigos sobre Conselho de Classe quando me deparei dialogando com a organização do currículo e a forma que o Conselho de Classe é gerido. Percebi que normalmente o Conselho de Classe acontece focado somente no aluno, ou seja, nos resultados do corpo discente, nas atitudes deste ou daquele aluno, ou ainda, numa tentativa, ainda que velada, de rotular turmas ou alunos, além da prerrogativa de aprovar ou reprovar. Nesse sentido, o Conselho vai se transformando num verdadeiro Tribunal. Se não tínhamos pensado sobre isso, penso que vale a pena começar um diálogo. Afinal, a responsabilidade da escola e de seus professores não está resumida em transmitir ou mediar saberes, mas deve considerar que sua ação está diretamente voltada para a promoção da dignidade humana como um todo. Portando, mais que aprender conteúdos estão às dimensões atitudinais como ferramentas básicas que, ao serem promovidas, permitem o desenvolvimento de outras dimensões humanas, como a cognitiva. Nesse sentido, é importante que um Conselho de Classe seja de fato um Conselho e não um Tribunal rotulado de Conselho. Sendo um Conselho, é importante que seus professores, equipe pedagógica e direção desenvolvam ações, mesmo que gradativas, de autoavaliação. Essa medida deveria ser aplicada antes da síndrome da sentença, portanto, bem no começo do Conselho. Por outro lado, não podemos imaginar uma autoavaliação irresponsável. Tanto as estruturas pedagógicas da escola como o corpo docente devem ter critérios claros sobre o que avaliar e como avaliar. Dessa forma, vamos ter elementos para diagnosticar determinada realidade que, segundo a qual, poderá interferir na avaliação de nossos alunos, mudando resultados e permitindo ao professor revisão de suas práticas pedagógicas, pois no mundo da educação não há receitas prontas e que sempre dão certo. Precisamos estar atentos, pois o que funciona numa turma ou numa escola pode não funcionar em outras.

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