domingo, 27 de junho de 2010

Avaliar, para quê?

Quando penso avaliação escolar gosto muito da imagem do paciente que vai ao médico para explicar a construção dos processos de aprendizagens. No consultório, os procedimentos mais comuns de diagnóstico são a entrevista e a realização de exames (temperatura, pressão arterial e massa corporal). Dependendo das circunstâncias novos e diferentes instrumentos de coleta de dados (exames) são solitados ao paciente tendo em vista restabelecer em plenitude sua saúde física e psicológica.
Em educação, o uso variado e constante de diversos tipos de instrumentos de avaliação são igualmente muito importantes. É insuficiente desenvolver apenas um método ou aplicar apenas um tipo de instrumento de coleta de dados (uma prova, por exemplo). É preciso, antes disso, desconfiar do próprio método; é sempre urgente reavaliar as práticas pedagógicas de sala de aula e acompanhar criticamente a construção da aprendizagem dos estudantes.
Conforme Jussara Hoffmann (2007) em sua obra Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em avaliação, é preciso acompanhar (mediar) a construção da aprendizagem dos estudantes. "O professor precisa analisar as tarefas dos estudantes em sua sequência e articulação, interpretando a natureza dos seus erros e acertos, e analisando, portanto, a dimensão qualitativa de suas respostas. O número de acertos em uma tarefa (análise quantitativa) não revela, por si só, a dimensão qualitativa da mesma tarefa" (p. 39-40).

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