domingo, 4 de novembro de 2012

Imigração


Foi divulgado via Twitter pelo Ministério da Educação, após início da prova do Enem, o tema da redação. “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”. Os candidatos precisam escrever um texto que respeite os direitos humanos e apresente uma proposta de intervenção na sociedade. É um tema muito importante, sobretudo nessas duas primeiras décadas do século XXI cujo fenômeno imigratório tem aumentado consideravelmente em virtude de razões econômicas e naturais.
Além disso, tem se destacado pela oposição dos tradicionais movimentos migratórios cuja tendência migratória se dava pelo deslocamento de pessoas para os Estados Unidos e Europa. Atualmente, devido à crise econômica desses países as populações mais pobres ou sem oportunidades de trabalho se deslocam para países emergentes como o Brasil e o México, onde há oferta de trabalho e boas perspectivas de crescimento, realização pessoal e profissional. Recentemente a diplomacia brasileira tem acertado o ingresso legal de dezenas de Haitianos para trabalhar e morar em diversas regiões brasileiras. No caso do Haiti temos ao menos três situações para analisar. A questão natural, econômica e histórica. O país foi assolado em 2010 por um terremoto de magnitude 7.0 na escola Richter. Muitas pessoas morreram e milhares perderam suas casas e negócios. Além disso, o Haiti é um país muito pobre. Mais da metade de sua população vive com menos de 1 dólar por dia e praticamente 60% de sua população é subnutrida. Toda essa história para ser compreendida precisa ser lida a partir da invasão dos europeus em 1492, pela destruição de quase todos os nativos, o uso da mão-de-obra escrava africana, a ocupação francesa, história da independência e os problemas relacionados a governança e ditaduras cujas marcas são cruéis e desumanas.

Fonte da imagem: ultimosegundoig



Liderança!


Os jovens estão assumindo a liderança no meio em que vivem. Essa afirmação tem gerado polêmica em alguns contextos sociais. Em conversas e observações do meio de convivência desses jovens encontramos opiniões diversas. Há os que afirmam que os jovens estão participando mais do exercício da cidadania e da política, por exemplo, e os que pensam que esses jovens são apolíticos e desinteressados pela causa pública.
Na atualidade encontramos esses dois grupos, mas é visível em algumas realidades a participação acentuada dos jovens na sociedade em que vivem. Tomamos o exemplo das cooperativas escolares, que expõem o exercício da liderança e dos valores éticos. Nelas os jovens são desafiados todos os dias para a tomada de decisões e compartilhamento de ideias no grande grupo.
Como se vê a liderança é algo construído, é uma virtude e não um dom como entendem muitas pessoas. Segundo Mario Sergio Cortella (2011), “a liderança é uma virtude que está em qualquer pessoa, do ponto de vista virtual”. Portanto, todos a possuem, mas nem todos a desenvolvem. Então, o que é necessário fazer para ser um líder e não um liderado? Para Cortella a questão passa em saber aproveitar a circunstância, ou seja, a ocasião e situação. É nesse espaço de oportunidades que se manifesta a liderança de uns e a subordinação de outros. Para Nicolau Maquiavel a liderança se expressa pela virtù e fortuna. A Virtù está na capacidade de percebermos o jogo de forças da política, para então agir com energia e conquistar o poder. Já a Fortuna é entendida como a ocasião, acaso e sorte. De nada adianta ter fortuna se o homem não for virtuoso. A liderança passa, portanto, pela compreensão e articulação entre Virtù e Fortuna. No campo prático, o líder consegue  mobilizar as pessoas para o desenvolvimento de projetos e metas.

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.