domingo, 29 de maio de 2011

Cooperativismo Escolar

O pioneirismo de Rochadale, Inglaterra, Suchales, Argentina e Nova Petrópolis, Brasil são exemplos da organização do sistema cooperativo. Além das experiências cooperativas em tribos, aldeias e até mesmo em países como a República Cooperativa da Guiana, localizada no norte da América do Sul o cooperativismo vem demonstrando sua força especialmente por valorizar princípios que diferem significativamente das empresas de capital aberto. O cooperativismo escolar, por sua vez, tem demonstrado sua importância na formação da cultura e dos valores do cooperativismo. Em Sunchales, capital do cooperativismo da Argentina, cada escola possui uma cooperativa escolar e a maioria dos moradores daquela cidade são sócios ou são beneficiados pelo cooperativismo. No Brasil, a cidade de Nova Petrópolis, capital brasileira do cooperativismo, apresenta um perfil muito semelhante. Nesse sentido, as duas cidades se irmanaram em novembro de 2010 desencadeando novas oportunidades de crescimento e de relações políticas, culturais, educacionais, sociais e econômicas. No decorrer de 2010, essas ações cooperativistas proporcionaram em Nova Petrópolis a criação da primeira cooperativa escolar do município, cujas características são semelhantes das cooperativas escolares de Sunchales. O principal objetivo do cooperativismo escolar é a formação para a cultura e valores do cooperativismo. Nela os alunos estudam a história do cooperativismo, seus princípios, suas estruturas, valores éticos e participam da administração. Esse modelo proporciona o acesso de crianças, adolescentes e adultos como sócios e gestores de uma cooperativa tornando-a um laboratório de aprendizagem do cooperativismo. Maiores informações sobre o cooperativismo escolar podem ser obtidos através da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis ou pela Escola Técnica Bom Pastor.
Princípios do cooperativismo
1º Adesão voluntária e Livre; 2º Gestão democrática pelos membros; 3º Participação econômica dos membros; 4º Autonomia e Independência; 5º Educação, formação e informação; 6º Intercooperação e 7º Interesse pela comunidade.

domingo, 22 de maio de 2011

Por que você escolheu a carreira de ser professor?

Essa é uma pergunta um tanto inusitada! Estou corrigindo provas, preparando outras, pensando em aulas que possam por si só oferecer um feedback do aproveitamento dos conteúdos e suas relações com outras áreas do conhecimento, que essa pergunta surge. De fato, ser professor é uma profissão nobre, exigente, comprometedora e altruísta. Muitos descobrem que querem ser professores já na infância, brincando de “dar aulas” ou admirando um professor(a) que lhe já atenção pela metodologia utilizada em sala de aula. Outros percebem que o magistério é uma possibilidade profissional diante de experiências mais maduras sobre sua orientação vocacional. O importante é que a escolha para ser professor não poderia ser a última alternativa, ou seja, já que não dá para ser isto serei professor. Precisamos pensar que o magistério é uma profissão muito séria para brincadeiras e faz de conta. Não podemos ir para a sala de aula sem planejamento e flexibilidades. É preciso estar preparado para uma contínua construção e desconstrução. Nós aprendemos diariamente com nossos alunos. Mas, também, é necessário que o professor seja pesquisador, leitor e compreenda que uma escola não é igual à outra, que uma turma não é a mesma em relação à outra e que dentro de uma sala de aula vamos encontrar diferenças. Alguns conversam mais, outros são mais quietos, uns aprendem rapidamente, outros precisam outros tempos, ou ainda nos convidam continuamente a repensarmos nossas metodologias de ensino, geralmente preparadas para um grupo padrão. É preciso perceber que na maioria das vezes, senão sempre, vamos encontrar turmas heterogêneas e que precisam mais do que um professor, um educador que não está preocupado com horário de trabalho, com as notas de final de período ou aplicação de provas, mas com a qualidade do ensino de uma maneira ampla e profunda, focada no ser humano e em suas aptidões. Podemos conferir isso na dedicação que nossos alunos apresentam na realização de pesquisas, projetos, apresentações de trabalhos, saraus, teatros, fóruns, anotações em sala de aula e outras formas de participação. É na diversificação dos métodos de ensino, aptidão e comprometimento docente que vamos auxiliar efetivamente nossos alunos na realização de seus sonhos e projetos de vida.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Técnicas de Estudo

Preocupado com a qualidade do estudo dos estudantes, especialmente no "pós-aulas", resolvi organizar algumas ideias motivadoras e tutoras de um estudo de qualidade. As motivadoras enfatizam que precisamos estar motivados (motivo para) e para alcançá-los é necessário amor próprio, flexibilidade e ser capaz de fazer escolhas. Porém, nem sempre vamos fazer o que gostamos. Existem tarefas, disciplinas e situações que não gostamos de realizar, mas são colaborativas na construção do conhecimento ou se prestam para o desenvolvimento humano e da cidadania. Em outras palavras, são as lições da vida que se manifestam nos acertos e desacertos. Por outro lado, consciente de que além da motivação é preciso colocar em prática o fazer acadêmico recomendo seguir alguns passos básicos e importantes para alcançar um estudo de qualidade. Após sua aula, revise as matérias estudas, faça os temas (tarefas) de casa, veja suas dúvidas, procure soluções aos problemas, faça apontamentos para perguntar ao professor na próxima aula; outro passo, é preparar-se para as aulas do dia seguinte revendo os conteúdos, separando o material. Nuca deixe para a véspera das aulas a execução de trabalhos e estudo para provas. Isso deve ser feito com antecedência, sempre. Organize um horário para desenvolver trabalhos ou estudar para provas. Se for pesquisar na internet, faça num dia a garimpagem apenas, pois frequentemente nos perdemos com outros acessos especialmente com os sites de relacionamento (msn, facebook, orkut, etc) e, em outro momento, mergulhe nos dados coletados, sem acessar a internet. Isso vai fazer você perder menos tempo, agilizando e melhorando a qualidade de seus trabalhos.

domingo, 8 de maio de 2011

Metodologias de Ensino

Começamos pela proposta do Congresso Nacional em aumentar a carga horária anual da Educação Básica das atuais 800 horas para 960 horas, além de exigir 80% de freqüência mínima. Embora existam muitas escolas praticando carga horária superior ao proposto recentemente pelo legislativo federal, é louvável a preocupação pelo aumento da qualidade do Ensino no Brasil. Porém, mais importante que o tempo em sala de aula para o desenvolvimento de aprendizagens são as metodologias e o comprometimento dos professores os maiores responsáveis pela qualidade do ensino. A versão eletrônica da revista Nova Escola apresenta seis características do professor para o século XXI. 1ª) Ter uma boa formação. Os professores precisam estudar sempre; 2ª) Saber usar novas tecnologias. Acompanhar as mudanças tecnológicas num processo de inclusão digital responsável; 3ª) Atualizar novas didáticas. Procurar aprimorar-se continuamente; 4ª) Trabalhar em equipe. É um desafio que os professores precisam superar para conseguir desenvolver essa forma extraordinária de trabalho em sala de aula e que, segundo sugere a revista, os pais ou responsáveis pelos alunos também devem se envolver nesse processo; 5ª) Planejar e avaliar sempre. Aulas planejadas, escritas, com objetivos e justificativas claras ajudam consideravelmente na aprendizagem dos alunos, além disso, vejo que é necessário oportunizar desafios aos alunos e, ao mesmo tempo, o professor deve autoavaliar-se constantemente para ver se os resultados e as metodologias de ensino estão dando conta dos objetivos; 6ª Ter atitude e postura profissionais. Precisamos dirigir um olhar atendo a cada realidade, investigar o lugar que atuamos para poder oferecer possíveis soluções aos problemas propostos conforme relatos do professor Leandro Pereira Matos, em entrevista da Nova Escola. Em síntese, exercer o magistério não é tarefa para amadores, mas para quem quer exercê-lo com profissionalismo, amor e responsabilidade. Assim como numa aula de educação física, o professor inicia com aquecimento, todos os componentes curriculares deveriam iniciar com um certo aquecimento. Como assim? Inicie retomando a aula anterior, perguntando questões centrais ou ainda trazendo o assunto da aula de maneira instigadora, envolvente. Sempre há uma maneira de trazer os alunos para o estudo de determinado conteúdo, além da produção de uma síntese final da aula. Mas, também, é importante não esquecer da motivação. Todos precisam dela, inclusive nós. Mostre aos seus alunos, constantemente, as razões pelas quais é importante estudar determinados conteúdos. Com motivos claros, o processo de ensino aprendizagem flui.

domingo, 1 de maio de 2011

O homem pós-moderno

Existem, pelo menos, duas lógicas que perseguem o homem pós-moderno. O projeto dos homens e o projeto de Deus. O humano e o divino.
Como se verifica nos dias atuais, o homem encontra-se, facilmente, dividido entre as coisas puramente humanas e as divinas, esquecendo-se ou temendo, de algum modo, de integrá-las em sua vida.
Neste sentido, o homem pós-moderno facilmente quer ser Deus, profanando o sentido real do Sagrado. Ele pensa que pode tudo. E o “ter” é eleito como imperativo da maioria das pessoas. É preciso ter carro, casas, conta bancária, cartões de crédito, telefone celular, mesada, ou, simplesmente, é preciso “trocar” de cozinha, de carro, de roupa, de trabalho, de figurino, etc.
Estamos no mundo das necessidades. Nas primeiras décadas do século XX, uma televisão, ou até mesmo uma geladeira eram produtos de luxo e, portanto, para poucos. Hoje, tudo está “democratizado”. Até as antenas parabólicas servem de “cobertura” para os casebres da periferia. O culto exagerado do corpo é outra característica, marcadamente, pós-moderna. Basta folhear uma revista, ou assistir uma novela, que lá está presente a pornografia.
Os grandes “shoppings centers”, verdadeiros templos de consumo, apresentam na arquitetura grandes portais, semelhantes aos das igrejas. Os tapetes vermelhos, símbolo régio do sagrado, são usados, por exemplo, em entradas de lojas, em cerimônias políticas e em formaturas. Vejam! O elemento religioso aplicado às necessidades do capitalismo. O sagrado sendo profanado.
Com estas colocações, não se pretende cair no puritanismo, ou em algum tipo de fundamentalismo, mas observar o modo como estamos lidando com o sagrado e os elementos puramente humanos. Neste caso, a lógica do Reino de Deus, necessariamente, entra em contradição com a lógica do Reino deste mundo, pois a lógica de Deus é “amor” e a lógica do mundo é “poder”. Jesus, mesmo, ao ser interpelado pelos fariseus sobre se era permitido ou não pagar imposto a César, respondeu: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt.22,21).
Isso evidencia que, viver em pleno amor, é preciso discernimento, humanidade e coragem. Dar respostas equilibradas, fazer escolhas adequadas, perdoar as ofensas e as dívidas, emprestar ou fazer doações sem esperar nada em troca é um bom exercício para os que querem integrar o humano e o divino no ser. Para fazer da cultura contemporânea um alicerce para uma sociedade mais justa e fraterna, não bastam palavras e boa vontade. É preciso uma práxis verdadeiramente humana e cristã. O caminho, sem dúvida, é o amor.
Reflita sobre isto.