A
possibilidade de votar, ser votado e expressar as idéias livremente são itens
que não podem estar ausentes no processo democrático. Os resultados, de alguma
maneira, qualificam e legitimam o exercício dos cargos pelos quais os
candidatos foram eleitos. E aí temos outro dado importante: o respeito pelos
resultados. São eles, postos sob sistemas de segurança, como a ética,
o comprometimento, a ausência de compras de votos, a ficha limpa e a responsabilidade, que validam a transparência na democracia. Portanto, cabe sempre à democracia o reconhecimento da vitória e da ausência dela. Nessa linha de raciocínio, a democracia no Brasil está em festa, pois é no espaço
democrático, no conflito, na abertura e rotatividade dos que governam que reside o essencial da vida política, ou seja, a livre expressão de ideias,
a igualdade de participação e a felicidade do ser humano. Nesse sentido, a diversidade de opiniões, o
desafio do conflito, a grandeza da tolerância, a visibilidade plena das
decisões constitui, seguramente, um paradoxo entre o exercício da maturidade política e a fragilidade
do processo democrático. Aos candidatos que estão festejando e lamentando os resultados, cabe-lhes os cumprimentos por permitirem a democracia e, por outro lado, a exortação para não abandoná-la.
Fonte da imagem: Terra Eleições 2012